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ENTREVISTA COM ANDERSON CANDIOTO HEAD COACH DO COLD KILLERS FA

O Head Coach do Cold Killers Futebol Americano e Coach de Linebackers da Seleção Brasileira Feminina Anderson Candioto, deu uma entrevista para o nosso Diretor de Comunicação Valdô Júnior.

O que espera dos nacionais?

Candioto diz que espera principalmente dar rodagem de campo para as meninas, sem deixar de pensar nas vitórias. Executar um bom Football nesses campeonatos e sempre lutar pelos títulos, independente de quem esteja do outro lado. Ele respeita muito as demais equipes, principalmente por serem times que treinam e se esforçam muito, mas que vai buscar os melhores resultados possíveis, com as condições que eles possuem.

 

Por que a decisão de jogar os dois Nacionais (Brasileirão CBFA e Liga BFA)?

Com a divisão dos Campeonatos, o calendário feminino ficou bastante reduzido no segundo semestre. Somando os dois campeonatos dão um total de 4 ou 5 jogos (dependendo do desempenho do Cold Killers). Ele vê com bons olhos entrar nessas duas disputas, pois tem equipes no Brasil que não jogam 5 partidas em um ano e isso é muito bom para dar rodagem para as meninas, mais possibilidades de se destacarem e mostrarem o que elas vêm treinando.

 

Como foi a preparação da equipe?

Anderson diz que, em primeiro lugar, eles focaram em fixar o Futebol Americano na cabeça das meninas, já que, devido à pandemia, acabou se tornando uma atividade secundária para elas. Então, foi trabalhado que elas voltassem a ter gosto pelo esporte, voltar a serem competitivas e num segundo momento, buscar excelência nos fundamentos, técnicas e táticas. E nos últimos meses o foco está na execução do Playbook (livro de jogadas), e na inteligência do jogo e das meninas.
Ele espera que os erros aconteçam, pois são dois anos sem jogar, mais confia muito na sua equipe para fazer bons campeonatos.


Quantas atletas fazem parte da equipe e quais são os destaques?

Candioto diz que parece clichê, mas que o destaque da equipe é o coletivo, que conta com um grupo de 30 a 35 atletas e que durante a pandemia o Cold Killers conseguiu manter uma base de 20 a 25 atletas totalmente ativas na equipe (na medida do possível). A força do time está nesse ponto, em manter várias atletas focadas no time e no esporte, em um momento que a maioria não tinha cabeça para isso. Apesar do período difícil, o grupo se uniu demais.

Mas ele citou algumas atletas de extremo alto nível e que são jogadoras de Seleção Brasileira. É o caso da Running Back Sarah  Elizabeth, a Quarterback Amanda Boiabaid que chegou como reforço, as Wide Receivers Bia Rangel e Alice Rocha, Maiara Moura que é center e long snaper, as Defensive Ends Natália Gaeski e Debora Medeiros, a Edge Gabi Santana e as Defensive backs Carol Gurgel e Maria Vitória.

 

Como a torcida poderá acompanhar a equipe?

O coach falou que o jogo será transmitido pelo YouTube da CBFA (Confederação Brasileira de Futebol Americano) e que o Cold Killers vai postar em seus stories alguns Highlights da viagem e da partida.

Não perca!
O Cold Killers estreia no Brasileirão da CBFA no dia 12/06, às 10h da manhã no Centro de Treinamento Touchdown em São Paulo. Contra a equipe da Portuguesa Futebol Americano.
E como o Candioto já disse, transmissão pelo YouTube da CBFA (https://www.youtube.com/c/CBFATV)

Saiba mais sobre a arbitragem de FA.

Foto: Ari Amaral

Você já deve ter se perguntado, como, onde e por que, alguém se torna árbitro de Futebol Americano?

Bom, Jimmy, Diretor da Arbitragem da nossa Federação explica que, no início de tudo, não era bem uma escolha, era sim, uma necessidade, então equipes indicavam jogadores para apitar nos jogos em que não estariam em campo. Foi assim que Jimmy e outros começaram a jornada como nossas “zebras”.

Mas essa necessidade nos primórdios do FA em terreno brasileiro, já não existe mais. A Federação não aceita árbitros/jogadores e/ou vinculados às equipes, para que não haja qualquer tipo de desconfiança sobre a idoneidade da arbitragem.

Foto: Tiffany Erlo

Assim como o número de atletas cresceu muito, o número de árbitros também. Para se tornar um, é necessário participar em uma clínica específica – onde são ensinados os princípios do esporte e regras – ser aprovado na prova teórica e estar apto em testes físicos próprios do FA.

Assim como os jogadores, a arbitragem também requer uma preparação, seja física, teórica, psicológica etc. Todos devem manter um condicionamento físico condizente com o jogo, estudar o livro de regras e manual de mecânica regularmente.

A escolha da equipe de arbitragem de cada jogo é rigorosa e segue etapas analisadas e discutidas: classificação das equipes; como isso pode influenciar o jogo; a rivalidade entre equipes daquele jogo; estilo de jogo e como priorizar esses estilos pra que não atrapalhe as equipes.

 

Foto: Yssara Kauanne

 

“Nós fazemos parte da FPFA, e temos todo o apoio dos diretores da Federação. Trabalhamos em conjunto para maximizar soluções desde logística em viagens, até os anúncios durante as transmissões dos jogos. Estamos constantemente conversando com as equipes que nos procuram para tirar as dúvidas que eles têm, solucionando questionamentos que ocorreram ou podem ocorrer nas partidas. Nossa intenção é que essa interação seja maior, com participação até em treinos, para que essa relação árbitros/jogadores/técnicos seja mais próxima. Assim minimizando qualquer problema durante as partidas, já que as dúvidas foram tratadas anteriormente.” pontuou o diretor.

O grupo de árbitros mantém uma ótima relação de amizade e respeito, o que deve gerar boas histórias, especialmente durante as viagens. “Já passamos por acidentes na estrada, jogos que começaram num dia e terminaram na madrugada do próximo dia, ou até dias depois, para encerrar uma partida por decisão do TJD. Mas a satisfação de fazer um bom trabalho em jogos decisivos, finais etc. Ser convidado para jogos fora do Estado pelo reconhecimento da qualidade da nossa arbitragem. Ou simplesmente o querido “Posto” depois dos jogos para confraternizar entre bons amigos.” Finaliza Jimmy.

A Federação Paranaense de Futebol Americano tem enorme orgulho da nossa arbitragem que é reconhecida no país todo.

Conheça as equipes de Cheerleading – Parte 2

Cheerleaders SheWolves (Darkwolves)

Foto: Ju Kurasz

 

Em março de 2018 foi fundado a equipe de Cheerleader She Wolves, por Thalita Souza. Equipe esta que acompanha o time do Guarapuava Darkwolves.

As seletivas, para quem quer fazer parte da equipe, acontecem duas vezes ao ano, nos meses de março e julho, com uma sequência de testes como: dança, flexibilidade e resistência.

Os treinos são aos finais de semana, intercalando os “focos”, com treinos específicos de força e stands, sempre com o acompanhamento de uma personal e um fisioterapeuta.

Um dos principais desafios da equipe e a falta de um “olhar” de maior seriedade para o esporte assim como para que os que o praticam.

A evolução é contínua, em especial ao número de participantes, que em dois anos, aumentou de forma significativa.
O maior objetivo da SheWolves é participar do Campeonato Estadual, que infelizmente não ocorreu este ano.

Além de tudo isso, a equipe têm maiores planos, como o treino de cheerleading para crianças, que havia acabado no ano passado, mas pode retornar em breve.

 

 

Portuguesa Cheerleaders

Foto: Divulgação Lusa Cheers (Facebook)

Em 2020 o campeonato feminino de futebol americano paranaense teria a participação da equipe da Portuguesa, apesar de não serem do estado do Paraná.

Quem criou a Lusa Cheers foi a diretora Carolina Guerra no final de 2017.

As seletivas ocorrem geralmente no início da temporada, então em janeiro, e nela são observados o desempenho dos participantes e a força de vontade em aprender e se dedicar a equipe. Com treinos aos domingos no período da manhã.

A equipe têm como objetivo competir nos campeonatos de cheerleading e serem o time de sideline referência do estado de SP.

Conheça as equipes HP, Crocodiles e Brown Spiders.

– HP FOOTBALL

Foto: Yssara Kauanne

O time é a fusão entre os times Hurricanes e Predadores, o qual, as diretorias dos respectivos times fundaram o então HP. Os fundadores foram Carlos Copi, Clayton Poiares, Rodrigo Maximus, Jimmy Miquelasso, Rafael Tartari, Marcos Lemos, Jackson Bartinik, Fernando Trentini, João Bertola e Fabiano Rodrigues no dia 27 de outubro de 2013.

O nome da equipe se deu pelas iniciais dos antigos times, H de Hurricanes e o P de Predadores. No projeto inicial era para ser Paraná FA. Assim como a escolha das cores, inicialmente eram para ser as da bandeira do estado, mas a agência que criou a nova identidade do time, inspirou-se no Seattle Seahawks.

A equipe utiliza um bordão famoso: “chinela vai comer” que muitos tomam como ofensa, é apenas um ritual interno da equipe, para os novatos.

Os utilizadores da chinela relatam uma grande evolução derivada do tempo, pois apenas 2 anos após sua fundação, conquistaram o primeiro título estadual. Declaram que nada irá superar a equipe após estes tempos de pandemia.

– Coritiba Crocodiles

Foto: Letícia Moura

A equipe teve sua fundação em 2003 por um grupo de amigos formado por Fábio Naldino, Vicente Brasil e Ademir Junior.

O nome do time foi inspirado pelo jacaré que habitava em um famoso parque da cidade de Curitiba. Porém a tradução “Alligators” não soou muito bem para os fundadores que então optaram pelo nome Barigui Crocodiles. Mas início de 2011, a equipe fechou uma parceria com o Coritiba Football Club, time de soccer da capital paranaense, alterando o nome da equipe para Coritiba Crocodiles.

As cores foram inspiradas no próprio crocodilo, enquanto que o uniforme preto com detalhes dourados era uma combinação que agradava aos fundadores, e aos poucos o verde foi sendo introduzido ao uniforme, e após a parceria com o Coritiba surgiram os modelos de uniforme branco.

Os crocodilos tiveram muitos momentos de superação, como em 2014 no Brasil Bowl em que o time perdia por 14 pontos a menos de 4 minutos do fim do jogo, a equipe conseguiu empatar o jogo, levando para a prorrogação e após interceptar o QB adversário, marcou o TD da vitória e do bicampeonato brasileiro. E também no ano de 2017 quando foi eliminado na semi final do estadual pela primeira vez na história, classificou na última vaga para os Play-offs da BFA mas deu a volta por cima e conseguiu conquistar o título da Conferência Sul.

– Brown Spiders

Foto: Thais Marques

Em 2001 um grupo de amigos reuniram-se no gramado dos fundos do Museu Oscar Niemeyer em Curitiba, capital do estado. Mas além da data de fundação, o time comemora também, no mês de novembro, a fusão com o Legends.

Os fundadores da equipe, queriam um nome para a mesma, que lembra-se um símbolo da sua cidade de fundação. O nome Brown Spiders foi eleito em uma votação entre os membros, e a cor veio em consequência do nome e do mascote. Mas ocorreram algumas mudanças na identidade visual do time, como a adesão do “texas orange e a adição do amarelo, após a fusão com o Legends.

Para os aranhas marrons o retorno à elite foi um dos títulos mais importantes da história da equipe. Embora tenha sido vitorioso desde sua fundação, os últimos 10 anos mudaram a forma como se joga futebol americano. Este título, que garantiu a ascensão após 2 anos na divisão de acesso, simboliza a consolidação de um projeto sólido e competitivo de futebol americano.

Natan Gabim: vencedor de batalhas dentro e fora de campo

Só em 2019, o Brasil registrou cerca de 135.200 mortes por diabetes, número que corresponde à cerca de 55% dos óbitos da doença na América Latina. Apesar do tratamento garantir qualidade de vida, não existe cura.  E uma das recomendações médicas é a prática de exercícios físicos.

Natan Guilherme Gabim, cornerback do São Miguel Indians, foi diagnosticado com diabetes tipo 1 aos 4 anos de idade e, desde os 7 anos, toma 5 doses de insulina por dia para manter a doença controlada. Ele conheceu o esporte aos 14 anos, quando o Indians deu uma palestra no colégio em que ele estudava para divulgar o time e o esporte, mas teve que esperar até os 17 para poder começar a jogar.

Foto: Tiffany Erlo

“É o esporte, dentre todos que eu já pratiquei, que eu mais me identifiquei, mais me dediquei e mais evolui”, conta Natan. A evolução dentro de campo trás frutos fora dele, também. Além do futebol americano, os treinos regulares de academia ajudam a manter, não apenas o seu jogo em alto nível, mas também sua saúde.

Conheça as equipes Bárbaros, Lions e Raptors.

– Bárbaros

Foto: Nágila Kimura

O time foi fundado no final de 2019, apesar de ser uma continuidade do antigo Moon Howlers, mas com novo nome. A equipe montou uma Diretoria inicialmente, com a saída do presidente Homero Meyer. Optou por não carregar mais as “cargas” do Moon Howlers, seguiu com uma nova tribo e uma nova trilha, então surgiu o Bárbaros.

A escolha do time foi com base na história greco /romana, o qual qualquer um que não era grego ou do império romano, era chamado de bárbaro. O diferencial do nome é por ser em português e baseado no Futebol Americano, os bárbaros conquistavam e defendiam territórios.

O time nasceu da união de pessoas com as mesmas paixões, com guerreiros que buscam conquistar espaço não só dentro de campo, mas também buscar conquistar espaço para o FA no país do soccer.

A escolha das cores foi através de uma análise feita por designers e “coolhunters”, que o time traz a preocupação com a identidade visual por entenderem que é uma característica marcante dos times de FA nos EUA assim, posicionando valores através de uma marca aqui no Brasil também.

Os bárbaros já enxergam a pandemia por si só como um momento desafiador, por serem um time muito recente foram surpreendidos com o isolamento social um dia após o primeiro jogo em casa. Para a equipe a mudança da Diretoria e a formação do novo time é desafiador e com apenas 3 meses de formação já participaram do primeiro jogo oficial no Campeonato Paranaense.

“Somos um time formado por apaixonados pelo esporte, pessoas que acreditam no projeto Bárbaros e juntos somos a nossa história de superação e evolução. Não vemos a hora de voltar à ativa.” Relata a diretoria.

– Curitiba Lions

Foto: Letícia Moura

A equipe do Curitiba Lions foi fundada em novembro de 2014 por Augusto Velloso e Marcelo Stahsefski, e a escolha das cores foi por eles mesmos, Augusto torcedor do Patriots e Marcelo do Dallas Cowboys. Sendo assim, a marca do Lions, com o azul, feita pela fusão das cores do New England Patriots e do Dallas Cowboys.

O nome Curitiba Lions se deu primeiramente como uma homenagem à cidade de sua fundação, uma vez que, naquele momento, nenhuma outra equipe levava o nome da cidade junto ao seu escudo. Anteriormente, outras equipes fizeram o mesmo.

Já a escolha do Leão, é para representar força, poder, justiça e sabedoria, além de ser um dos animais conhecidos por nunca abandonar seu bando e por ser um grande símbolo de família.

Os leões já passaram por diversos momentos difíceis, como no ano de 2018 em uma reestruturação com quase 90% do seu elenco de atletas saindo para outros times e com isso os poucos atletas que ficaram (por volta de 11) se reuniram e decidiram tocar o projeto com uma nova filosofia e nova identidade, com a chegada de atletas experientes como André Guerra e Ricardo Manzo o time conseguiu se reerguer ainda em 2018 fazendo um amistoso contra o Guarapuava Darkwolves e no ano seguinte (2019) após uma boa campanha pontuando com esse novo time no Paranaense resolveram encarar a Copa Fronteiras no 2º semestre indo disputar uma colocação entre os 3 primeiros colocados no campeonato porém ficando em 4º, mas 2020 prometia para essa nova equipe a qual conseguiu uma campanha de 2-0 no paranaense 2020 seguindo para uma disputa de playoffs pela 1ª vez desde de sua fundação.

 

– RioMafra Raptors

Foto: Thaís Amorim

O time Rio Mafra Raptors foi fundado por um grupo de ex jogadores Itaiópolis Xoklengs em novembro de 2016.
O nome veio pela região onde a equipe foi fundada, por ter lá um sítio arqueológico com fósseis, o qual lembra dinossauros e os raptores eram seres sociais que caçavam em equipes, sua força era sempre em grupo, característica essencial para uma equipe de Futebol Americano.

As cores foram escolhidas aleatoriamente pela equipe, pois o vermelho e o cinza ficaram bonitas no uniforme.
Uma grande dificuldade que os raptores viveram foi encontrar um local para treinar no início. Treinos em parques e praças públicas eram com material pertencente aos próprios atletas. Eis que uma associação cedeu o campo de forma gratuita, mas a equipe era responsável por fazer o corte de grama e zelar pela conservação.

Conheca as equipes Guardian Saints, Bristlebacks e Wolves

– Guardian Saints

Foto: Thais Amorim

Foi no campo do Caiuá, na capital Curitiba, em que aconteceu o primeiro treino, dia 9 de abril 2011 como treino de apresentação a comunidade realizado por Josué Kozoski. Mas o time foi fundado um mês depois do evento, em maio de 2011, por Josué, Edvaldo Custódio Garcia, Moroni Kozoski e Rogério. Sendo federado no final do ano de 2012, participando de campeonatos a partir de 2013.

O nome veio de um projeto social que buscava tirar jovens do mundo das drogas, Guardian Saints veio de Santos Guardiões, uma referência à igreja onde os fundadores frequentavam na época. Porém, o time não impõe nada religioso aos atletas, sendo tradição, orações de vários segmentos religiosos até hoje.

Para diferenciar das outras equipes já existentes, a equipe escolheu o azul e o amarelo que também homenageiam nossa nação brasileira. As cores também são por conta dos Santos Guardiões, o gigante azul, céu, mar e o Sol com o amarelo, pela força e vida.

Os santos guardiões tiveram a primeira vitória em 2014, porém, nem tudo sempre foi ótimo, em 2017 e 2018, a equipe perdeu vários atletas, precisando de uma reestruturação em todas as áreas do time, assim Carlos Xavier Jr assumiu como Head Coach.

Hoje, a equipe conta com mais de 100 pessoas em seu plantel, e dando início à BFA Acesso.

 

 

– Londrina Bristlebacks

Foto: Divulgação Londrina Bristlebacks

A paixão pelo Futebol Americano reuniu um grupo de amigos em 2009, mas de uma brincadeira passou a algo mais sério em 2012, quando estes, em busca de novos horizontes, organizou uma diretoria e em 2013, conquistou uma personalidade jurídica, constituindo uma associação sem fins lucrativos, o Londrina Bristlebacks.

O nome da equipe veio para homenagear o personagem do jogo Dota um dos mais resistentes, com sua carapaça de espinhos localizada nas costas, uma habilidade passiva, faz com que ele receba menos dano quando é atingido por trás. Em 2013, na criação do estatuto, Fernando Ohashi o presidente do time na época, quis associar a logo à cidade de Londrina, assim anexando na logo a bandeira e o nome da cidade, desde então Londrina Bristlebacks FA.

A escolha das cores que representam são baseadas nas cores da bandeira do município de Londrina, o vermelho cereja representa a cor da terra, a fertilidade e simboliza o entusiasmo, a coragem e o espírito de luta. Dispostas em cruz as estrelas de prata lembram o Cruzeiro do Sul, os quatro continentes de onde vieram os pioneiros e representam a inspiração, o caminho e o rumo.

Os javalis espinhentos já tiveram momentos marcantes, como a primeira participação do Campeonato Paranaense de 2016, ano no qual o mesmo sem histórico ganharam espaço e vitórias, e enfrentaram dois overtimes consecutivos e com vitória mesmo jogando fora de casa.

 

– Wolves UTFPR CP

Foto: Divulgação Wolves UTFPR CP

 

Nas férias de verão de 2017, Victor e Vinícius lançavam a bola no quintal de casa, e em meio a uma conversa, os dois imaginavam como seria jogar futebol americano universitário no Brasil. Victor que já estudava na UTFPR de Cornélio Procópio e Vinicius que buscava entrar na mesma universidade. Quando Vinicius passou na UTFPR e começou a frequentar a academia, ele conheceu o Igor, o qual era professor estagiário de Educação Física.

Os três com a ajuda da professora Sofia Maria, criaram um projeto de extensão relacionando o FA o que levou ao primeiro treino com a presença de aproximadamente 20 pessoas.

O nome veio da ideia de irmandade na universidade, como uma alcateia em que um apoia o outro, então surgiram os Lobos da UTFPR.

A equipe utilizou a psicologia das cores para escolher a identidade do time, o azul, que traz confiança, segurança, força e inteligência, e o amarelo, e preto devido ao brasão da UTFPR.

Os lobos universitários passaram por críticas e conflitos no início, por pessoas desacreditadas da ideia de que quem não têm conhecimento do esporte, possa levar um time adiante. Mas os comentários externos uniram mais os lobos, em uma alcateia em que todos trabalham com garra e persistência, provando que o Wolves veio para ficar.

Conheça as equipes Pyros, Olympians e Darkwolves

– Maringá Pyros

Foto: Lara Farias

Um grupo de amigos, brincando de futebol americano, em Outubro de 2009, resolveram transformar aquela brincadeira em um time competitivo. Assim, Bruno Miyasaki, Lucas Vieira, Jorge Machado e Eduardo Abrão fundaram a Associação Atlética de Futebol Americano Maringá Pyros no dia 16 de junho de 2013.

O nome da equipe, vinculado ao nome da cidade, Maringá, representa o calor do lugar, indicando perigo.

Assim como o nome, as cores também representam fogo, fortes e vivas. Totalizou que as cores ficaram como as da bandeira da cidade.

Os piromaníacos, em sua primeira participação em campeonatos, em 2014, disputou o 3º lugar e o jogo foi decidido no último segundo, e por muitos é considerado um dos melhores jogos do estado.

A equipe relata a etapa de maior evolução sendo a chegada do técnico Johnnie Mitchel o qual agregou muito conhecimento e trouxe maior visibilidade, além de valores do FA.

Mesmo com tantos momentos de felicidade, o Maringa Pyros, já passou por momentos difíceis, como na Liga Nacional de 2017, nos playoffs, a equipe entrou em um campo que estava pintado com cal de construção. Atletas saíram com queimaduras de 2ºgrau, a partida finalizou no segundo quarto, quando a time recusou-se em voltar a campo devido a gravidade dos ferimentos, mesmo assim, a Liga passa o time adversário para a final de conferência.

– Cascavel Olympians

Foto: Divulgação Cascavel Olympians

O time da cidade de Cascavel não teve um fundador específico, foi um grupo de amigos que reuniu-se e decidiu treinar, isto aconteceu em 2011 e o primeiro treino em fevereiro.

Por votação foi escolhido o nome da equipe, onde vários nomes foram sugeridos, e um fã de mitologia grega, despontou Olympians, nome qual, foi eleito.

Uma cor menos popular entre as equipes de Futebol Americano do estado, foi escolhida pela diretoria do time.
Os atletas do Olímpo de Cascavel já passaram por dificuldades para o crescimento da equipe, que até chegou a acabar em 2014, porém, meses depois, um grupo retomou as atividades, proporcionando maior desenvolvimento para o time. O nome foi registrado à Associação em 2015, disputando o primeiro campeonato em 2016 filiando-se, consequentemente à Federação Paranaense de Futebol Americano e em 2017, disputando o estadual.

– Guarapuava Darkwolves

Foto: Ju Kurasz

Dois grupos de amigos, que treinavam nos parques da cidade de Guarapuava, uniram-se e a equipe do Darkwolves tomou forma, passando a se tornar cada vez mais competitiva.

O nome veio como uma homenagem à todas as tentativas de solidificar a equipe, em 2011. À todos que idealizaram o projeto, que mesmo não conseguindo concretizar “seus sonhos” não foram esquecidos, pois estes, que nomearam o time.

As cores do time, eram para ser verde e preto, porém, estas cores já eram de outros times, então, em uma votação interna, o azul e o preto foram escolhidos.

A maior histórias que os lobos da escuridão relatam, de superação foi a campanha em 2019. Campanha essa marcada por mudanças que foram sendo construídas jogo após jogo. Neste ano que a equipe conquistou sua primeira vitória (oficial), seus primeiros playoffs (Campeonato Paranaense e Copa Sul). Histórias que predominam a dedicação da equipe.

Conheça Red Feet, Black Sharks e Indians

– São Miguel Indians

Foto: Suits Films

 

A equipe fundada no dia 15 de abril de 2015, por Roni Ribeiro dos Santos, Rodrigo Cullmann e Luan dos Santos, possuem este nome em referência ao município de São Miguel, acrescentado de Indians como alusão aos índios que habitaram a região.

As cores que representam o tíme dos Índios, vermelho e preto, também tipificam o povo indígena.
Uma das principais lembranças do time foi uma viagem em 2017 à Corupa, a qual relatam um jogo “pesado”, porém leal. Naquele momento aprenderam muito sobre o Futebol Americano, como um divisor de águas para o futuro da equipe.

 

– Francisco Beltrão Red Feet

Foto: Marcos Staskoviak

Em fevereiro de 2011 foi fundado o time Francisco Beltrão Red Feet, por Michel Antunes de Oliveira e Rafael Belokurows, na cidade de Dois Vizinhos. Mas foi no município de Francisco Beltrão que a equipe, formada por atletas do Sudoeste do PR e Oeste de SC, conseguiu apoio institucional para treinos e jogos.

O nome da equipe homenageia os colonizadores da região que sujavam os pés com a terra vermelha ao trabalharem em suas lavouras.

A escolha das cores mostra, obviamente, o vermelho e também o prata que surgiu na compra do primeiro uniforme fullpads, em que a fábrica tinha pronta entrega camisas vermelha e prata, a segunda cor passou a ser também a do mascote: o Pé-Grande.

O time têm muitos momentos marcantes em quase 10 anos de existência, mas foi nos playoffs do Paranaense de 2017, em que o Bristlebacks virou o placar com um TD faltando 43s para o final da partida porém, com um FG de 38 jardas faltando 3s os pés vermelhos foram para a semi-final. Entre 2018 e 2019 passaram por um período difícil de 5 derrotas seguidas, encerrado, com muito trabalho, na vitória em casa contra o Olympians, no último jogo do Paranaense sendo uma ocasião importante para a equipe.

 

– Foz Black Sharks

Foto: Divulgação Foz Black Sharks

O fundador do time foi Marcelo Somer em 2008. A escolha do nome e do símbolo foram inspirados na equipe feminina de Futebol Americano de Nova York, a NY Sharks, acrescentando o Black, por uma questão financeira, já que o custo é menor ao produzir uniformes na cor preta.

As cores da equipe, são, é claro, o preto mas também detalhes em vermelho e dourado.

Os tubarões já passaram por algumas situações muito boas e difíceis. O título da Liga Nacional em 2014 que se deu num jogo na casa dos adversários, após uma viagem longa, onde após a vitória os atletas viram o caminhão dos bombeiros que os atletas haviam chamado para fazer a “carreata da vitória”, indo embora sem ver o brilho da taça.

Após o título, o time teve uma queda na produção, por motivos diversos como, distância das viagens e falta de apoio, deixando a equipe fora do campeonato estadual em 2017 (os atletas se juntaram ao FB Red Feet para a disputa do PR FPFA) e até da Liga Nacional em 2019, por falta de investimentos.

Mas vêm se reestruturando desde 2018, com o apoio de atletas já aposentados.

Esporte é saúde

Você já ouviu essa frase várias vezes. Se manter ativo e fazer exercícios físicos resultam em mais saúde e, por consequência, melhor qualidade de vida. Mas isso geralmente não é sobre algo específico, apenas um panorama geral do ser humano. Em outros casos, porém, a mudança de vida gera uma mudança de hábito e mentalidade.

(Foto: Elieser Grein)

Luan Martins, hoje com 29 anos, conheceu o futebol americano em 2017 à convite de um amigo. Morador de Mafra (SC), ele fez um teste na (à época recém fundada) equipe Riomafra Raptors. A intensidade do esporte e o espírito de equipe encantaram o rapaz que decidiu mudar de vida. Por estar acima do peso, Luan virou atleta de linha ofensiva (conhecida por ter atletas mais pesados), mas isso não virou desculpa para ganhar mais peso.

Do contrário, ele entrou para a academia e e começou a cuidar da sua alimentação. Aos poucos, sentiu que o cigarro, vício que o acompanhava há 12 anos, atrapalhava seu rendimento em campo e, assim, o cortou de sua vida. Ao todo, o offensive lineman perdeu cerca de 20kg, mas também ganhou massa muscular no processo.

Os Raptors estrearam no Campeonato Paranaense da Federação Paranaense de Futebol Americano (FPFA) em 2020 e já entraram em campo duas vezes, uma em Curitiba e uma em Rio Negro.